19 julho 2011

Férias


Respirar fundo a existência.
Abrandar o ritmo cardíaco e acertar o relógio pela natureza.
Viver como se fosse para sempre tarde de Verão.
Inspirar a indolência.
Soltar as obrigações ao vento e perde-las de vista.
Triturar os horários.
Lamber o sal da pele queimada do sol.
Comer, beber, dormir, comer, beber, dormir.
Passear, nadar, divagar, conversar ao sabor infinito do tempo.
Ter tempo para tudo e não fazer nada.
Saborear a insónia e/ou madrugar com convicção.
Voar com os olhos nas asas dos pássaros.
Estado de consciência mínima.
Fluir.